Os candidatos da Chapa 73, Compromisso com a UnB, a reitor e vice-reitora da UnB, Márcio Pimentel e Sônia Báo, dialogaram diretamente com os estudantes no debate promovido pelos Centros Acadêmicos de Direito, Relações Internacionais e Ciência Política. O encontro aconteceu no auditório Joaquim Nabuco, na noite de terça-feira, 2 de setembro.
Enquanto seus oponentes trocaram farpas e acusações, Márcio Pimentel e Sônia Báo usaram seu tempo para discutir o futuro da universidade e apresentar suas propostas para a gestão da UnB. "É lamentável que alguns colegas venham à frente dos estudantes da nossa universidade para se acusarem mutuamente, baixando o nível do debate. O meu compromisso com a UnB é voltarmos à normalidade, para que tenhamos tranqüilidade para estudar e trabalhar", reforçou Pimentel.
Confira os principais pontos abordados por Márcio Pimentel e Sônia Báo no debate entre os candidatos:
- Atuação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios em relação às fundações: "Algumas fundações desviaram-se de suas funções originais e estatutárias. Elas foram criadas para apoiar a atividade científica, traduzindo a captação de recursos em melhorias para a universidade, sua infra-estrutura. A atuação do Ministério Público foi essencial para corrigir esses desvios. Precisamos de mais controle. Somos nós que credenciamos as fundações e temos o direito e o dever de dizer o que queremos ou não que elas façam"
- Cotas e ações afirmativas: "É inegável a mudança na constituição do alunado da UnB com a adoção das cotas raciais. Temos que lembrar que não há cotas para indígenas. É preciso abrir mais espaço para indígenas, por exemplo, que atualmente ocupam vagas de evasão por meio de convênio com a FUNAI. Precisamos observar, no entanto, que devemos nos preocupar com a permanência desses estudantes na universidade. Uma de nossas propostas é rediscutir o sistema de cotas e ampliar para permitir também o corte social, e não apenas o racial"
- Ponto positivo da gestão anterior da UnB: "É preciso ter humildade e sabedoria para reconhecermos e identificarmos as coisas boas que foram feitas. Entre elas, é inegável o valor da expansão da UnB para outras cidades do DF e a ampliação de vagas. Outro avanço importante foi o crescimento da pós-graduação nos últimos anos, tanto em volume quanto em qualidade"
- Vinculação partidária de reitores: "A filiação a partidos deve ser incentivada como ato de cidadania. Não há problema nenhum de o reitor ser filiado a partidos. O que não pode acontecer é a interferência desses partidos na vida acadêmica e administrativa da universidade, que não deve ter amarras. Defendemos uma universidade livre, sem influências de partidos ou grupos de interesse"
- Empreendedorismo: "A UnB está muito atrás de outras universidades brasileiras no desenvolvimento tecnológico. O Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) tem feito um trabalho muito grande, mas estamos atrasados na gestão política para trazer um parque tecnológico para a universidade e melhorar a relação com o setor empresarial. Essa relação só traz benefícios, especialmente para os alunos, que terão local para vivenciar o lado prático da profissão, o desenvolvimento técnico e ainda terão lugar para trabalhar quando formados. Patentes são riqueza e conhecimento que voltam para os estudantes e para a universidade"
- Critérios para escolher decanos: "Nosso compromisso é com a UnB. Para a discussão de cargos na administração, orientaremos a escolha por mérito, conhecimento técnico, capacidade e compromisso com a universidade, além de avaliar a trajetória das pessoas na instituição. Para ter uma boa gestão, é fundamental a participação de pessoas que tenham bom diálogo com os segmentos da comunidade acadêmica. É fundamental que essa equipe possa conferir transparência aos atos e à gestão como um todo"
- Garantia de indissociabilidade do tripé ensino, pesquisa e extensão e da qualidade da UnB: "Dizem por aí que o Reuni é neoliberal. Não é. É um projeto que prevê e promove a recuperação da universidade pública e defende a ampliação das vagas de acesso. As federais sofreram uma retração na oferta de vagas e o Reuni enfrenta esse gargalo, prevendo recursos inclusive para a contratação de professores, servidores e construção de prédios. O projeto tem, como vantagem principal, oferecer as condições mínimas para garantir a qualidade da expansão, que é fundamental"
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Agenda de quinta-feira, 4 de setembro
Os candidatos da Chapa 73, Compromisso com a UnB, Márcio Pimentel e Sônia Báo, estarão nos seguintes locais:
- 8h: HUB
- 10h: SRH
- 14h30: Instituto de Letras
- 16h: Instituto de Ciência Política e Instituto de Relações Internacionais
- 8h: HUB
- 10h: SRH
- 14h30: Instituto de Letras
- 16h: Instituto de Ciência Política e Instituto de Relações Internacionais
Compromisso com a Pesquisa e a Pós-graduação
A UnB precisa recuperar a posição de liderança na pesquisa científica e na produção do conhecimento. Temos pessoal, tradição e capacidade instalada para isso. O crescimento da pesquisa e da pós-graduação na UnB exige a participação de todos os docentes, estudantes e servidores interessados, sem que haja prejuízo a suas demais atividades. Para tanto, o apoio concreto aos novos professores, recém-doutores e estudantes de graduação e pós-graduação é essencial, bem como a atração de pós-doutores para que se integrem aos grupos de pesquisa e laboratórios.
O fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação é um dos mais eficientes instrumentos para a melhoria do ensino de graduação, que forme profissionais aptos a enfrentar os desafios do mercado de trabalho e da sociedade do conhecimento. Entendemos a pesquisa como algo cotidiano, ao alcance de todos os membros da comunidade universitária, não uma atividade estanque de laboratório. Somente universalizando a pesquisa conseguiremos construir a UnB que queremos, a universidade necessária.
A UnB não pode economizar esforços para atrair mais investimentos para a pesquisa. É a melhor maneira de reforçar a indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão. Assim, a UnB deve pensar em mecanismos de inclusão de docentes em atividades de pesquisa e de ensino de pós-graduação, com ênfase especial nos seguintes grupos:
- docentes recém-contratados
- docentes recém-titulados
- docentes que estiveram por um tempo longo dedicado a atividades administrativas e de representação dentro e fora da UnB.
Para alcançar essas metas, o programa da Chapa 73, Compromisso com a UnB, está alicerçado nos seguintes pilares:
1) Melhorar a avaliação dos cursos existentes, com visitas a programas de pós-graduação; apoiar a reestruturação de programas, buscando melhorar suas avaliações, o aprimoramento de docentes (pós-doutorados etc), a vinda de consultores externos para aconselhamento a programas em dificuldades e maior inserção internacional de programas notas 5, 6 e 7 na avaliação da CAPES; assessorar ou treinar coordenadores/secretários de programas de pós-graduação sobre rotinas administrativas (DataCapes, PDI etc.); atrair grandes nomes nacionais e internacionais nas ciências básicas, humanas, artes, sociais e tecnologia para palestras, seminários e outros eventos na UnB;
2) Criar a Unidade de Apoio ao Pesquisador, no DPP, para apoiar a elaboração de projetos, a prestação de contas, as revisões de textos em língua estrangeira, as publicações científicas, as ferramentas de análise etc; identificar e divulgar internamente fontes de captação de recursos, assim como assessorar na elaboração de projetos;
3) Ampliar a Pós-graduação, com inserção dos docentes dos novos campi em programas de pós-graduação já existentes, além do fomento à implantação de novos programas; aumentar a interação entre as atividades de pesquisa e extensão, com envolvimento de órgãos governamentais (ministérios, secretarias etc), federais e do Distrito Federal e com grupos de diferentes universidades; coordenar ações dos programas que tiveram a iniciativa de enviar propostas dentro do PEPG.
4) Promover a inclusão de docentes dentro dos programas de pós-graduação, com maior prioridade de fomento a jovens pesquisadores (bolsas de Iniciação Científica, apoio à participação em eventos científicos etc); fortalecer os editais do DPP de fomento à pesquisa, com ênfase ao apoio a jovens pesquisadores; estabelecer o Fórum de Discussões sobre Pesquisa e Pós-Graduação na UnB, em 2009, para discussão e planejamento institucional destas atividades; diagnosticar e criar uma política de inclusão de um número maior de docentes em programas de pós-graduação; incentivar e valorizar a formação continuada de docentes da instituição, em todos os seus níveis;
5) Incentivar o intercâmbio e a mobilidade acadêmica, com a atuação dos programas de pós-graduação como agentes propulsores de intercâmbio com instituições e organizações nacionais e internacionais; incentivar a participação de alunos em programas de doutorado-sanduíche, co-tutela etc.; incentivar o intercâmbio entre docentes, pesquisadores e alunos com universidades e centros de pesquisa de excelência no país e no exterior; desenvolver mecanismos para a mobilidade horizontal e vertical intra-institucional de alunos; realizar ações junto aos órgãos de fomento, para aumentar os recursos de programas que incentivem o intercâmbio e a mobilidade acadêmica;
6) Fortalecer a infra-estrutura para pesquisa no HUB e do estágio docente nos programas de pós-graduação; criar e consolidar um programa institucional de fomento, para aumentar os recursos destinados à pesquisa; aumentar a alocação de recursos advindos das fundações para atividades/programas de pós-graduação; criar alíquota específica para esse fim dentro do FAI, referente a cada projeto ou prestação de serviço das fundações; estreitar as relações e fortalecer a FAP-DF; desenvolver esforços institucionais para maximizar a obtenção de recursos do CT-INFRA, possibilitando investimentos no fortalecimento da infra-estrutura para pesquisa;
7) Apoiar o empreendedorismo técnico/científico, promovendo maior interação entre a pós-graduação e as empresas incubadas de base tecnológica; ampliar a captação de projetos e a obtenção de patentes; envolver o CDT e as fundações nessa ação; retomar o projeto de implantação do Parque Tecnológico na UnB como política institucional;
8) Estimular e orientar a publicação, a comunicação e a outras formas de divulgação de trabalhos técnicos e científicos das atividades de pesquisa no portal da UnB; promover maior interação com meios de comunicação; produzir vídeos, via UnB TV, para distribuição em escolas do DF, embaixadas, órgãos governamentais..., descrevendo atividades de pesquisa relevantes na UnB nas diversas áreas; produzir um boletim eletrônico para divulgar pesquisas realizadas na UnB; produzir uma revista de divulgação científica e tecnológica da UnB, a exemplo da revista Humanidades; buscar patrocínio da FAP-DF e de outros órgãos de fomento; produzir de folders em Português, Espanhol e Inglês, com sumários das pesquisas, programas de pós-graduação etc, da UnB.
O fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação é um dos mais eficientes instrumentos para a melhoria do ensino de graduação, que forme profissionais aptos a enfrentar os desafios do mercado de trabalho e da sociedade do conhecimento. Entendemos a pesquisa como algo cotidiano, ao alcance de todos os membros da comunidade universitária, não uma atividade estanque de laboratório. Somente universalizando a pesquisa conseguiremos construir a UnB que queremos, a universidade necessária.
A UnB não pode economizar esforços para atrair mais investimentos para a pesquisa. É a melhor maneira de reforçar a indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão. Assim, a UnB deve pensar em mecanismos de inclusão de docentes em atividades de pesquisa e de ensino de pós-graduação, com ênfase especial nos seguintes grupos:
- docentes recém-contratados
- docentes recém-titulados
- docentes que estiveram por um tempo longo dedicado a atividades administrativas e de representação dentro e fora da UnB.
Para alcançar essas metas, o programa da Chapa 73, Compromisso com a UnB, está alicerçado nos seguintes pilares:
1) Melhorar a avaliação dos cursos existentes, com visitas a programas de pós-graduação; apoiar a reestruturação de programas, buscando melhorar suas avaliações, o aprimoramento de docentes (pós-doutorados etc), a vinda de consultores externos para aconselhamento a programas em dificuldades e maior inserção internacional de programas notas 5, 6 e 7 na avaliação da CAPES; assessorar ou treinar coordenadores/secretários de programas de pós-graduação sobre rotinas administrativas (DataCapes, PDI etc.); atrair grandes nomes nacionais e internacionais nas ciências básicas, humanas, artes, sociais e tecnologia para palestras, seminários e outros eventos na UnB;
2) Criar a Unidade de Apoio ao Pesquisador, no DPP, para apoiar a elaboração de projetos, a prestação de contas, as revisões de textos em língua estrangeira, as publicações científicas, as ferramentas de análise etc; identificar e divulgar internamente fontes de captação de recursos, assim como assessorar na elaboração de projetos;
3) Ampliar a Pós-graduação, com inserção dos docentes dos novos campi em programas de pós-graduação já existentes, além do fomento à implantação de novos programas; aumentar a interação entre as atividades de pesquisa e extensão, com envolvimento de órgãos governamentais (ministérios, secretarias etc), federais e do Distrito Federal e com grupos de diferentes universidades; coordenar ações dos programas que tiveram a iniciativa de enviar propostas dentro do PEPG.
4) Promover a inclusão de docentes dentro dos programas de pós-graduação, com maior prioridade de fomento a jovens pesquisadores (bolsas de Iniciação Científica, apoio à participação em eventos científicos etc); fortalecer os editais do DPP de fomento à pesquisa, com ênfase ao apoio a jovens pesquisadores; estabelecer o Fórum de Discussões sobre Pesquisa e Pós-Graduação na UnB, em 2009, para discussão e planejamento institucional destas atividades; diagnosticar e criar uma política de inclusão de um número maior de docentes em programas de pós-graduação; incentivar e valorizar a formação continuada de docentes da instituição, em todos os seus níveis;
5) Incentivar o intercâmbio e a mobilidade acadêmica, com a atuação dos programas de pós-graduação como agentes propulsores de intercâmbio com instituições e organizações nacionais e internacionais; incentivar a participação de alunos em programas de doutorado-sanduíche, co-tutela etc.; incentivar o intercâmbio entre docentes, pesquisadores e alunos com universidades e centros de pesquisa de excelência no país e no exterior; desenvolver mecanismos para a mobilidade horizontal e vertical intra-institucional de alunos; realizar ações junto aos órgãos de fomento, para aumentar os recursos de programas que incentivem o intercâmbio e a mobilidade acadêmica;
6) Fortalecer a infra-estrutura para pesquisa no HUB e do estágio docente nos programas de pós-graduação; criar e consolidar um programa institucional de fomento, para aumentar os recursos destinados à pesquisa; aumentar a alocação de recursos advindos das fundações para atividades/programas de pós-graduação; criar alíquota específica para esse fim dentro do FAI, referente a cada projeto ou prestação de serviço das fundações; estreitar as relações e fortalecer a FAP-DF; desenvolver esforços institucionais para maximizar a obtenção de recursos do CT-INFRA, possibilitando investimentos no fortalecimento da infra-estrutura para pesquisa;
7) Apoiar o empreendedorismo técnico/científico, promovendo maior interação entre a pós-graduação e as empresas incubadas de base tecnológica; ampliar a captação de projetos e a obtenção de patentes; envolver o CDT e as fundações nessa ação; retomar o projeto de implantação do Parque Tecnológico na UnB como política institucional;
8) Estimular e orientar a publicação, a comunicação e a outras formas de divulgação de trabalhos técnicos e científicos das atividades de pesquisa no portal da UnB; promover maior interação com meios de comunicação; produzir vídeos, via UnB TV, para distribuição em escolas do DF, embaixadas, órgãos governamentais..., descrevendo atividades de pesquisa relevantes na UnB nas diversas áreas; produzir um boletim eletrônico para divulgar pesquisas realizadas na UnB; produzir uma revista de divulgação científica e tecnológica da UnB, a exemplo da revista Humanidades; buscar patrocínio da FAP-DF e de outros órgãos de fomento; produzir de folders em Português, Espanhol e Inglês, com sumários das pesquisas, programas de pós-graduação etc, da UnB.
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