Carta de apoio a Márcio Pimentel e em defesa da verdade (*)

Quero dizer em alto e bom som que apóio a Márcio Pimentel e que discordo veementemente das declarações da UEI, que, a meu ver, já deixou de ser independente e está muito longe de seus princípios fundadores, os quais sempre achava uma bela novidade: a luta contra a influência partidária e de pequenos grupos que se arrolam de esquerda e de comprometidos com o social, mas que no fundo estão interessados em reocupar a reitoria, o que não fazem desde a derrota do candidato do Ibañez para o Todorov.

Prezados estudantes, recomendo que leiam a história da UnB, que saibam de fato quem está por trás dos acontecimentos recentes que tendem a se alinhar à Chapa 76. É muito primário e ingênuo o raciocínio que tende a igualar Timothy a Márcio, como é ingênuo o argumento que tentou me igualar a Lauro Morhy. Tanto eu quanto o professor Márcio Pimentel fomos vítimas do mesmo sistema que agora combatemos e que estamos perto de vencer. Não escutem o canto de sereia daqueles que se apropriam das boas intenções dos jovens. Conheçam melhor a trajetória do candidato da Chapa 73.

Temos, nesta eleição, a oportunidade histórica de derrotar o timotismo e suas velhas e nefastas práticas e derrotar os grupelhos oriundos do partidarismo travestido de modernidade. Usem o critério da trajetória acadêmica e do compromisso com a Universidade para escolher. Ou então sejam simétricos: se é para falar de grupos que estão por trás, falem do Cristovam Buarque, dos interesses imobiliários, do Paulo Otávio, de quem entregou 30 projeções para a CEF em 1986 (sabiam disso? E sabem quem se beneficiou?).

Na verdade, tenho a certeza que o Timothy torce para o José Geraldo, pois é o único lugar em que teria alguma esperança. Voto na Chapa 73 porque acredito que Márcio Pimentel representa a derrota do timotismo e do petismo e seus aliados escondidos. Torço para que a UnB vire essa página. Minha coerência é esta: nunca fui pela partidarização, tampouco pelo timotismo (aliás, fui um dos mais ativos combatentes pelo fim de seu reinado, e não de hoje, mas de muitos e muitos anos, podem conferir). Para terminar, conclamo a todos por um pouco mais de respeito e moderação. Estamos numa universidade pública e não num palanque de prefeitura de interior.

(*) Michelangelo Trigueiro

Chapa 73 se destaca no último debate

No último encontro entre os candidatos a reitor da Universidade de Brasília (UnB), promovido pela Associação dos Docentes da instituição, Márcio Pimentel e Sônia Báo, da Chapa 73, Compromisso com a UnB, mostraram porque são diferentes de seu concorrente ao defenderem uma UnB com liberdade acadêmica e meritocrática.

Durante o debate, Pimentel teve a oportunidade de esclarecer boatos relacionados à formação de sua equipe de gestão: "Aqui, temos apenas dois cargos definidos: o meu de Reitor e o de Sônia Báo de vice-reitora". Depois disso, Pimentel garantiu que o critério de mérito, trajetória acadêmica e conduta ética serão os principais pilares para a escolha da futura administração da UnB.

Pimentel foi duro ao afirmar que situação anormal para uma universidade é tê-la controlada por partidos políticos. "Queremos valores e mérito acadêmico. Isso é normalidade", afirma Pimentel. Para combater que eventuais desvios voltem a ocorrer na administração, a Chapa 73, Compromisso com a UnB, defende a adoção de um sistema eletrônico de processos e documentos e, especialmente, o compartilhamento de decisões com a comunidade acadêmica, por meio de conselhos e colegiados.

Mostre seu Compromisso com a UnB: nos dias 24 e 25, quarta e quinta-feira, vote em MÁRCIO PIMENTEL, Chapa 73.

Campanha pelo voto em cédula

A Chapa 73, Compromisso com a UnB, informa à Comunidade Acadêmica que solicitou à Comissão Organizadora da Consulta (COC) que realize a votação no segundo turno apenas por cédulas de papel.

Muitos membros da comunidade universitária não votaram por medo de serem identificados na urna eletrônica. A Chapa 73 acredita que, com votacão em papel, será possível garantir a transparência, a lisura e a ética da eleição.

Os candidatos Márcio Pimentel e Sônia Báo destacam que a votação por cédula beneficia também os eleitores desacostumados com a utilizacao de computadores. Os votos devem ser depositados somente em urnas lacradas, e sem identificação do eleitor.

SE A COC MANTIVER O VOTO ELETRÔNICO, EXERÇA SEU DIREITO DE ESCOLHA. DIGAM AOS MESÁRIOS QUE QUEREM VOTAR EM CÉDULA DE PAPEL. É O SEU DIREITO. É A GARANTIA DE UMA ELEICÃO LIVRE E DEMOCRÁTICA.

Formação da equipe de gestão

Está na hora de esclarecer alguns aspectos relativos a nossa candidatura para a Reitoria da UnB. Temos sido inquiridos sobre a constituição de nossa futura equipe e a equipe anterior, da gestão do ex-reitor Timothy Mulholland. Dessa forma, enumeramos abaixo algumas informações que precisam ser claramente apresentadas para a comunidade:

(i) Fui chamado a constituir a equipe da gestão anterior, como Decano de Pesquisa e Pós-Graduação, mesmo sem ter participado da campanha para eleição do Reitor; interpretei que o chamado havia sido formulado pois as qualificações para tal foram identificadas em meu currículo e em minha trajetória acadêmica na UnB. Dessa forma atuei como Decano da UnB.

(ii) Quando a informação sobre o apartamento veio à tona, eu estava em trabalho de campo no exterior, uma vez que não interrompi o andamento de minhas pesquisas durante a gestão no decanato. Ao retornar ao Brasil, minha primeira manifestação sobre o assunto foi em uma reunião com toda a equipe na qual eu fui suficientemente enfático ao propor a venda do apartamento e o leilão de todos os itens comprados para mobiliá-lo.

(iii) No momento em que percebi que alguns atos da gestão anterior não coadunavam com minhas convicções, apresentei minha carta de demissão.

(iv) Não temos vínculo nem compromisso de qualquer natureza em reinstaurar a equipe que constituiu a gestão do ex-reitor Timothy Mulholland. A nossa equipe será totalmente nova. A UnB tem muitos servidores técnico-administrativos e professores capazes e competentes para assumir posições de chefia, direção e assessoramento, e isto será feito tendo como base análises de mérito. Esse é um compromisso que temos com a UnB.

(v) O critério de mérito será o principal para a escolha da equipe e é princípio declarado publicamente que os colaboradores de nossa gestão deverão ter um histórico absolutamente inquestionável do ponto de vista da retidão de seus atos.

(vi) Consideramos o TCU, assim como os Ministérios Públicos Federal e do Distrito Federal e Territórios como parceiros da UnB; assim, temos o compromisso e o princípio de trabalhar em perfeita harmonia com essas instituições, de forma a impedir que fatos acontecidos no passado voltem a ocorrer.